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ÚLTIMA HORA: Rúben Amorim e o ataque à família de Conceição: É revoltante, Alguém que já deu tanto ao clube, saiba mais

Treinador do Sporting solidário com o colega de profissão, a quem já enviou um abraço

Rúben Amorim mostrou-se solidário com Sérgio Conceição, depois de o carro onde seguia parte da família do treinador do FC Porto ter sido apedrejado à saída do Dragão, após a goleada sofrida frente ao Club Brugge. O técnico do Sporting considerou o episódio revoltante, até pelo passado de sucesso de Conceição no clube, disse que já enviou um abraço ao colega de profissão.

“Sobre Sérgio Conceição, não comento o incidente em si, isso é para as autoridades, são eles quem têm de fazer algo, porque isto realmente é recorrente. Quero mandar um grande abraço ao Conceição – já o fiz. Não somos propriamente amigos, como sabem, mas é só olhar para ele e a forma como dá tudo e o que fez pelo clube… merecia mais. Quando falo de clube, aquilo não reflete o que são os adeptos do FC Porto. Ele merecia mais e ele deve estar revoltado por não ter sido ele, ao menos, a levar com as pedras, em vez da família. Deve ser revoltante, alguém que já deu tanto ao clube… O futebol muda muito rápido, não há memória, deve ser revoltante, eu não sei como reagiria. Um grande abraço para ele, espero encontrá-lo aqui, ele faz de mim melhor treinador, que tenha força e continue”, disse Amorim na conferência de antevisão ao jogo de amanhã no Bessa, com o Boavista (20h30).

Mudar o chip para o campeonato

“Viemos de uma série comprida de jogos, que termina agora, o que é sempre complicado. Mas é melhor trabalhar sob vitórias. Sabemos da dificuldade que vamos encontrar, um adversário com os mesmos pontos e do ambiente que há no Bessa. São intensos sempre e temos de ser sempre humildes, que ainda não fizemos nada e que o normal é nós vencermos jogos. Será muito complicado.”

Petit acredita que Paulinho vai jogar. Como vai ser? E as convocatórias das seleções, sem jogadores do Sporting?

“Sobre a Seleção, os selecionadores fazem as suas escolhas, eu as minhas e às vezes as minhas não são muito bem entendidas (risos), como dos vários treinadores. Têm muito por onde escolher, há muita qualidade e eu entendo perfeitamente, os jogadores do Sporting têm de trabalhar mais e jogar melhor para ganhar o lugar. Ainda falta um pouco para o Mundial. Os nossos jogadores são jovens e têm de trabalhar bem. Temos muito talento na Academia. Há que olhar para isto como uma motivação para melhorar e não ficar preocupados ou zangados. Sobre o Paulinho, vamos ver, amanhã vamos apresentar o onze que consideramos melhor. Teremos mais um dia de descanso do que o habitual. Ninguém entra ou sai pelos golos. Entraremos com um onze forte e vamos querer ganhar.”

Pode haver deslumbramento depois da vitória sobre o Tottenham? E como vê o apedrejamento ao carro da família de Sérgio Conceição?

“Sobre o deslumbramento, eles são jovens, o jogo teve impacto. Foi falar com eles, mostrar-lhes a tabela classificativa. O Sheriff o ano passado ganhou dois jogos ao Real e não se classificou, nós tínhamos zero e passámos. Eles tem de saber gerir e sabem que perdem o lugar na equipa se se distraírem. Sobre Sérgio Conceição, não comento o incidente em si, isso é para as autoridades, são eles quem tem de fazer algo, porque isto realmente é recorrente. Quero mandar um grande abraço ao Conceição – já o fiz. Não somos propriamente amigos, como sabem, mas é só olhar para ele e a forma como dá tudo e fez pelo clube… merecia mais. Quando falo de clube, aquilo não reflete o que são os adeptos do FC Porto. Ele merecia mais e ele deve estar revoltado por não ter sido ele, ao menos, a levar com as pedras, em vez da família. Deve ser revoltante, alguém que já deu tanto ao clube… O futebol muda muito rápido, não há memória, deve ser revoltante, eu não sei como reagiria. Um grande abraço para ele, espero encontrá-lo aqui, ele faz de mim melhor treinador, que tenha força e continue.”

Presidente saiu em defesa e disse que era um dos melhores do Mundo quando o Sporting estava numa pior fase. Dá-lhe razão agora?

“Não lhe dou razão. Isto é dia a dia. Falámos de uma pessoa [Sérgio Conceição] que ganhou bastantes títulos. O futebol varia de dia para dia, se não ganharmos volta tudo ao outro lado. É uma luta diária. Não dou nem deixo de dar razão. Somos sempre os mesmos, tenho os mesmos defeitos e virtudes de há três semanas. O objetivo é continuar no mesmo caminho.”

Se pudesse escolher tinha deixado os jogadores do Sporting de fora da seleção? Belisca o seu trabalho?

“Se fosse eu o selecionador leva-os a todos, para mim são perfeitos. O selecionador tem muito por onde escolher. Se não escolheu o Trincão, escolheu o Jota. Se não escolheu o Pote, escolheu o João Félix. É difícil de gerir. Não belisca o meu trabalho, temos conquistado títulos e os jogadores não são de seleção. Quer dizer que o treinador consegue resultados com jogadores que não são de seleção. Fico lisonjeado até.”

Na análise ao Boavista viu o jogo com o Benfica?

“Obviamente que olhámos para esse jogo, até porque foi dos últimos, mas olhamos mesmo para o da época passada. A ideia não mudou muito, as características dos jogadores sim, mas ideia já estava lá. Olhar para esse jogo dá maior perceção do que pode acontecer. Olhamos para todos, mas as ideias mantêm-se, mudam uma ou outra nuance de acordo com jogador que jogue. Não têm o Poroso, mas têm o Sasso. Makuta e Sergio Pérez já lá estavam. Têm Gorré na esquerda, Bruno Lourenço ou Salvador Agra, que já conhecemos bem. Tinham o Musa e agora têm outro avançado. Estamos preparados para as ideias e caraterísticas dos jogadores, mas o grande foco foi jogo ente nós no ano passado”

Sai um jogador e entra outro prova que o clube está estável?

“Nós também fizemos o planeamento. Falhámos no Matheus [Nunes], porque vendemos jogadores para ele ficar e acabou por sair, mas o resto foi tudo planeado. Sarabia saiu, veio Trincão. Saiu Palhinha, tínhamos o Ugarte. Edwards veio mais cedo porque sabíamos que ia ter dificuldades em habituar-se à nossa forma de jogar e à exigência. Tudo foi feito com tempo. O Morita apareceu bem e ainda temos o Pote para a posição. A grande dificuldade foi o Dani [Bragança], que dava outra segurança e lesionou-se gravemente. Já ninguém faz os movimentos do Matheus. O Mateus Fernandes joga melhor desta forma [que jogamos agora]. Pequenas coisas que mudam, porque é impossível reproduzir o que ele faz. Falhámos aqui ou ali por coisas que não controlamos, mas e mérito de todos, do Hugo Viana e do departamento de scouting. Clube tem uma ideia e um caminho e isso é notório nas entradas e saídas da equipa”

Jogadores no boletim clínico estarão aptos depois da pausa para as seleções? Vê esta pausa como boa oportunidade para melhorar a equipa?

“Acho que a pausa também pode ser boa. Há jogadores que vão às seleções e não jogam e isso é o mais preocupante. Trabalhamos uns mais e limpamos os outros do cansaço. Tenho pena que o Sotiris vá à seleção. É o que mais precisávamos que ficasse aqui. Aconteceu o mesmo com Ugarte no ano passado e, por isso, perdeu tempo. Foco está em toda a equipa, mas penso no Arthur, tem pouco tempo, tal como o Rochinha. Temos um jogo-treino, já está tudo planeado. Jogadores têm de trabalhar mais e focar-se, mas a melhor forma de preparar é ganhar ao Boavista. Dar tudo o que temos ate à paragem. Ganhar os jogos é a melhor forma de preparar.”

“Neto passa por mim todos os dias sem proteção no joelho, para ver se o meto a jogar. Mas não vai acontecer. No entanto, vai recuperar mais cedo do que era expectável. Jovane é o mais atrasado [na recuperação da lesão]. St. Juste já está a ir ao campo e a trabalhar. Todos querem jogar, porque se equipa continuar assim é mais difícil entrar. Querem continuar assim para ajudar a equipa.”

Publicado e escrito por: Record.pt

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