ÚLTIMRA HORA: Roger Schmidt afirma: Fizemos boas contratações, saiba mais

Alemão diz que foi durante a pré-época que a equipa estabeleceu bases do jogo e reforços revelaram-se importantes
A pré-temporada foi essencial no trabalho de Roger Schmidt. É o próprio quem o assume, destacando as contratações efetuadas no mercado de verão. “Rapidamente ficámos alinhados. E fizemos contratações muito boas. Os jogadores que chegaram esta época encaixam muito bem”, atirou o treinador das águias, em entrevista à Bplay.
“Na pré-época tentámos construir as bases do nosso jogo e da forma como queríamos jogar, e depois continuámos a desenvolvê-las ao longo da época”, sustenta o alemão, antes de acrescentar: “A única altura em que dá para treinar com a equipa é durante a pré-temporada, depois tens de continuar a trabalhar à medida que há jogos. Mas a equipa implementou tudo muito bem. Os jogadores gostam de jogar assim. O sucesso gera confiança, e a equipa entra numa onda positiva, por isso temos sido bem-sucedidos.”
Mas para que o sucesso seja alcançado, o treinador, de 55 anos, defende que é necessário estar aberto a “novas ideias”. Foi o que fez quando chegou à Luz. “É tentar encontrar o melhor equilíbrio para que os jogadores se sintam confortáveis com o modo de jogo e para que o estilo encaixe com os pontos fortes da equipa. É esse o maior desafio. Não faz sentido tentar implementar algo só porque já resultou noutro sítio. Devemos estar abertos a novas ideias, e a receber inspiração dos nossos jogadores, do nosso clube, e tentar que seja um esforço colaborativo, para chegar ao melhor futebol possível. Claro que a base é sempre a minha visão do futebol, mas tento sempre envolver-me em coisas novas. O Benfica identifica-se com futebol ofensivo e é isso que queremos mostrar no campo”, afirma o técnico, que ainda não perdeu.
Proximidade com jogadores
Para que tudo funcione dentro das quatro linhas, revela um dos seus segredos. “Creio que atualmente, ao jogar internacionalmente, a ambição é ter a equipa a jogar a um nível de topo de três em três dias. Os jogadores são todos indivíduos. Não deixam de ser humanos. Para retirar o melhor de uma pessoa, é preciso criar uma ligação emocional, vezes e vezes sem conta. Para prepará-los, é preciso tratá-los de forma individual também”, atira o treinador, confirmando algo que o nosso jornal já havia contado, a relação próxima que mantém com cada jogador.
Questionado acerca da inspiração do plantel, Schmidt voltou a frisar a importância da “união”. “Acho que os meus jogadores já estão inspirados. E acredito que se sentirem que funcionam como equipa, se sentirem que as coisas habituais que fazem no campo correm da melhor forma, sabem que estarão a destacar-se também a nível individual. Esta é que deve ser a inspiração. Acredito que é necessário promover a união numa equipa. É um sentimento que pode tornar-se automático, e a certo ponto, é a equipa que se torna responsável.”
Dupla de centrais é reflexo da equipa
O treinador alemão considera ser desafiante juntar experiência e juventude no plantel. “Gosto muito da diversidade na nossa equipa”, assinala Schmidt. “Temos jogadores muito experientes, como o nosso capitão Otamendi, que aparece há muito tempo no futebol, e temos jovens jogadores, em início de carreira. A nossa dupla de centrais, composta por Otamendi e António Silva, é o reflexo da nossa equipa: um jovem oriundo da nossa formação e um jogador que esteve no Manchester City, que representa a seleção da Argentina, e que já conquistou muito”, acrescentou. O técnico das águias não tem dúvidas em afirmar: “Juntá-los a todos é entusiasmante e muito desafiante para mim.”
Rendido ao “papel enorme” do clube
Roger Schmidt refere que o que encontrou no Benfica superou as suas expectativas. “Para perceber realmente como é grande, é preciso estar em Lisboa ou em Portugal. Ao estar lá, ao experienciar o amor e a paixão pelo Benfica, ficamos a perceber que tem um papel enorme, não só em Lisboa, mas em todo o país. Quando jogamos em c asa, mas também fora, há sempre benfiquistas connosco. É especial e, tenho de admitir, nunca tinha vivido algo assim, explica. O treinador alemão conta que a adaptação ao nosso país “foi fácil”, mas há um senão: a nossa língua. “Tem corrido bem, apesar de ainda não conseguir falar a língua de todo. Não sou capaz! Não consegui aprender português em tão pouco tempo.”
Pensar no Brugge apenas em 2023
O treinador do Benfica garante que os oitavos-de-final da Liga dos Campeões ainda não centra atenções. “Não sei muito acerca do Brugge, mas é uma equipa forte, com muitos jogadores jovens e talentosos. Vou começar a pensar no Brugge como adversário dentro de um ou dois meses. Ainda temos algum tempo. Por agora, vamos descansar um pouco, concentrar-nos na Taça da Liga, na Liga e na Taça de Portugal. Mais tarde pensaremos na Liga dos Campeões”, observa. Schmidt explica que o primeiro objetivo na Champions foi alcançado, com o apuramento para os oitavos-de-final. “Queremos tentar passar para os quartos-de-final e depois veremos o que se segue para nós”, concluiu o técnico.Por Nuno Martins e Rita Pedroso
Fonte e publicado por: record.pt