ÚLTIMA HORA: Ao fim de 40 anos já estarão fartos de me ouvir, saiba mais

A fechar a gala dos Dragões de Ouro, Pinto da Costa, presidente do FC Porto realizou o habitual discurso, no qual fez questão de distinguir todos os premiados e até cantarolou o hino azul e branco, entoado pela falecida Maria Amélia Canossa.
«Ao fim de 40 anos já estarão fartos de me ouvir falar e é extremamente difícil pelas emoções que aqui já vivemos, por pessoas que nos são muito queridas e não estão cá. Os Dragões de Ouro foram uma criação de uma Direção minha para galardoar os melhores de cada época. Lembro-me, como se fosse hoje, da enorme alegria que senti, na primeira edição, com uma linda festa no casino da Póvoa [de Varzim]», começou por declarar o líder portista.
Quanto aos premiados da noite no âmbito do futebol, Pinto da Costa elogiou Gonçalo Borges, «a gazela do futebol português que, se souber dedicar-se como tem-se dedicado, e ouvir os conselhos do seu treinador, será um valor seguro do FC Porto e do futebol português.»
Seguiu-se Otávio, futebolista do ano: «Os colegas chamam-lhe ‘baixinho’, mas, no campo, é do tamanho da Torre dos Clérigos, disputa o primeiro lance como se fosse o último e o último como se fosse o primeiro. Tem pilhas que nunca acabam.»
O atleta do ano, Diogo Costa, mereceu igualmente rasgados elogios da parte de Pinto da Costa: «Deu razão à sua paixão de querer ser guarda-redes e a pulso chegou à equipa A. Para espanto de muitos e desacordo de alguns o nosso treinador lançou-o, ele ganhou a titularidade e chegou à Seleção Nacional.»
Sérgio Conceição, treinador do ano, recebeu, também, elogios: «O treinador do ano, obviamente, não podia ser outro que não o Sérgio Conceição. Os meus ‘afilhados’, no bom sentido da palavra, são todos os que sentem, vibram e vivem o FC Porto com a dedicação que ele o faz. Como presidente e amigo, tive muito prazer de entregar este quarto dragão de ouro e certamente não foi o último nem o penúltimo.»
O presidente portista encerraria com a declamação de um poema, recordando as palavras de Fernando Pessoa: «Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.»